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Justiça concede medida protetiva à Prefeita de Canoinhas após denúncia de perseguição e violência psicológica
Data de Publicação: 28 de abril de 2025 15:57:00
Na última sexta-feira, 25, a prefeita de Canoinhas, Juliana Maciel, conseguiu uma medida protetiva contra dois homens acusados de perseguição e publicações misóginas contra a prefeita. Além do distanciamento, os dois homens deverão usar tornozeleira eletrônica.
De acordo com a denúncia apresentada por Maciel, os dois acusados, Robson Calixto dos Reis e Bruno Sérgio Soares de Almeida costumavam publicar vídeos de críticas à sua gestão, e desde o dia 08 de janeiro, as publicações passaram a ter "caráter de violência psicológica direcionada pessoalmente".
Segundo a decisão do juiz criminal da Comarca de Canoinhas, Dr. Eduardo Veiga Vidal, os homens praticaram bullying virtual, com caráter de violência psicológica, "contendo expressões constrangedoras, humilhantes, discriminatórias e misóginas, tornando-se progressivamente mais agressivas”, diz a decisão.
Além das publicações, os homens são acusados de perseguição, já que, segundo a denúncia, um dos homens teria passado a frequentar espaços que a prefeita estaria, com aproximação " ostensiva e intimidadora". Um dos últimos episódios aconteceu na Audiência Pública realizada pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), que aconteceu no dia 11 de abril na Associação dos Servidores Municipais de Canoinhas, em que um dos acusados compareceu, com a presença comprovada por vídeo publicado pelo próprio em redes sociais. Os acusados ainda foram vistos circulando nas dependências da Prefeitura, sem aparente finalidade.
Foi a partir dessas considerações que o juiz concedeu a medida protetiva. Os dois acusados não podem se aproximar da prefeita, mantendo uma distância de 500m pelos próximos 180 dias. Outros meios de comunicação também são proibidos para manter contato com Juliana. Para monitorar essas medidas, o juiz solicitou o uso de tornozeleira eletrônica nos acusados.
A prefeita afirmou que não irá se manifestar sobre o processo, que corre em segredo de justiça, mas em nota, declarou: "A Justiça reafirma: toda mulher tem direito de atuar sem medo. Críticas são legítimas; ameaças, não. Seguirei firme, com gestão transparente, construindo uma Canoinhas mais justa para todos”, disse em nota.
Ao portal JMais, Robson afirmou que a acusação é “leviana e absurda” e que irá tomar medidas judiciais. “Tentam me acusar de crime apenas por exercer meu direito constitucional de liberdade de expressão”.
Já Bruno disse, em nota encaminhada ao JMais, que “todo cidadão tem o direito de entrar na Justiça pedindo medidas seja lá qual forem elas”.